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Finanças dos clubes no Brasil Resultados de Pesquisas

O PIB do Esporte no Brasil

Apresentação de Estudo PLURI Consultoria: O PIB do Esporte no Brasil, Fernando Ferreira,Sócio da Pluri Consultoria. 

Baixe o PDF sobre PIB do Esporte

Ouça a entrevista: [soundcloud url=”http://api.soundcloud.com/tracks/60500871″ iframe=”true” /]

Estimativa BCB para o PIB Brasileiro 2012: R$4,1 trilhões (US$2,5 tri)

Qual o tamanho do esporte na economia brasileira?

Participação dos esportes no PIB Brasileiro: 1,6% = R$67 bilhões

Clubes e Entidades, Marketing, Mídia, Comércio, Vestuário, Artigos e equipamentos, eventos, serviços em geral, etc.
Impacto Relevante sobre setores importantes da economia, ex: alimentação, transporte e hotelaria.

Estimativa de Taxa de Crescimento últimos 5 anos 2007/2011

PIB do Brasil 4,2% a.a.

Setor de Esportes Brasil 7,1% a.a.

2016 – Esportes = 1,9% do Pib do Brasil

Estimativa de Crescimento 2012

Pib Brasil 1,5%

PIB Esportes Brasil 6,4%

Concluindo a economia brasileira anda a um ritmo europeu, Esporte anda a um ritmo chinês.

Peso do Esporte no PIB de outros paises

  • EUA 2,1% (US$427 Bi)
  • Alemanha 1,5% (+4,1% aa)
  • Inglaterra 1,8% (+4,1% aa- 1985-2008)
  • Austrália 2,3%
  • Nova Zelândia 2,8%

Participação do Futebol no PIB Esportivo

53% do total (0,8% PIB Brasil) = R$36 bilhões

Faturamento Clubes Brasil últimos 5 anos

  • 20 maiores 2,2 bilhões
  • crescimento de 79%
  • média ano 12,3%

Comparando Faturamentos em 2011

  • Clube de maior receita (Corinthians) R$290 milhões
  • Netshoes R$600 milhões
  • Grupo SBF (CENTAURO) r$1,7Bi

Faturamento estimado dos 40 clubes de maior faturamento (80% total) R$2,5 bilhões

=0,06 % Pib do Brasil
= 3,7% do Pib do Esporte
=6,9% do Pib do Futebol

Brasil 6a Economia do Mundo

Dos 5 países com PIB superior ao do Brasil, 3 possuem pouca tradição no futebol: EUA, China, Japão.

Porque nos contentar em sermos o 7o lugar em valor de mercado dos clubes, 6o em faturamento e 13o em público nos estádios?

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Finanças dos clubes no Brasil

Mensuração SócioEconômica e Financeira do Futebol Profissional Brasileiro feita pelo estado

Mensuração SócioEconômica e Financeira do Futebol Profissional Brasileiro feita pelo estado palestra de Ricardo Gomyde, Diretor do Departamento de Futebol Profissional.

 

Ouça a a palestra:

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Marketing no Exterior

Eredivisie Live – O impacto da criação de um canal próprio de televisão

Eredivisie Live – O impacto da criação de um canal próprio de televisão

Em 2004, os principais clubes holandeses criaram uma entidade responsável por negociar em seu nome os direitos televisivos, a Eredivisie CV, que deu origem à segunda inovação neste campeonato. Estes direitos são negociados colectivamente sendo posteriormente distribuídos de acordo com um sistema de solidariedade e com base no mérito/desempenho dos clubes.

Contudo, os valores obtidos nunca corresponderam às expectativas e nunca se afigurou possível alcançar valores próximos dos praticados nos principais campeonatos europeus. Desta forma, em 2008 a Eredivisie decidiu vender os destaques dos jogos à televisão estatal, NOS, e criar o seu próprio canal televisivo por cabo (Eredivisie Live).

Aumento das Receitas de Transmissão

Esta decisão foi sustentada pelo facto de a televisão por cabo ter uma elevada penetração na Holanda e teve como objectivo aumentar as receitas televisivas transmitindo os jogos em directo através do referido canal. Simultaneamente, permitiu-lhes evitar intermediários, e potenciais compensações, estabelecendo um esforço conjunto entre os clubes, a Eredivisie Media & Marketing e os distribuidores (PSV TV, Microsoft TV, Apple TV, etc.) e criando-lhes a oportunidade de estabelecerem um contacto directo com o consumidor final.

Esta decisão trouxe também benefícios aos clubes na medida em que, de acordo com Frank Rutten, CEO daEredivisie, os clubes recebem agora mais do que receberiam se tivessem aceite a melhor oferta em 2008. Desde 2008/2009, o número de assinantes tem vindo a subir acentuadamente (actualmente são mais de 600.000 embora apenas represente 8% do número de famílias) sendo que o preço por assinante é considerado superior ao esperado.

Por conseguinte, verifica-se que estas duas alterações na Eredivisie conduziu a um aumento das receitas dos clubes e tem apresentado um impacto positivo no futebol profissional holandês a nível global.

Fontes: Football Talks 2011 (apresentação de Frank Rutten, CEO da Eredivisie); European Football Statistics; DeJonghe, T., van Hoof, S., Lagae, W. e Verschueren, J. 2010. “The Netherlands and Belgium.” In Managing Football: An International Perspective. ed. Sean Hamil and Simon Chadwick. 409-436. London: Butterworth-Heinemann; CBS Statistics Netherlands

Por Nuno Bolas, Futebol Finance 19/03/2012
http://www.futebolfinance.com/eredividie-live-o-impacto-da-criacao-de-um-canal-proprio-de-televisao


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Finanças dos clubes no Brasil

As Receitas de Televisão dos Clubes Brasileiros 2012

As Receitas de Televisão dos Clubes Brasileiros 2012

O futebol brasileiro está mudando. E depressa. Os principais clubes dispõem de cada vez mais receitas para travar a emigração dos melhores jogadores para a Europa. Pegamos no exemplo das receitas com a venda dos direitos de televisão. Só este ano os 20 clubes do Brasileirão vão arrecadar mais de 450 milhões de euros com esta rubrica.

Flamengo e Corinthians são os clubes que mais vão faturar com as transmissões televisivas dos seus jogos em 2012: 85 milhões de reais (aproximadamente 37 milhões de euros). Os dois principais clubes do Rio de Janeiro e São Paulo têm as maiores ‘torcidas’ do Brasil e esse foi o principal critério para o escalonamento das receitas.

Esse número mais do que duplicou face ao ano passado. Em 2011, o Mengão e o Timão receberam pouco mais de 40 milhões de reais. Porém, não foram os únicos ‘times’ a verem os seus proveitos com aos direitos de tv subir para o dobro. São Paulo, Palmeiras, Vasco e Santos também: cada um deles vai receber 75 milhões de reais (33,2 milhões de euros). Assim como Fluminense, Cruzeiro, Atlético MG, Grémio, Internacional e Botafogo, que vai gerar 55 milhões de reais (24,35 milhões de euros) só com esta rubrica.

AS RECEITAS TV DOS CLUBES BRASILEIROS 2012

# Clube 2011 2012 2012
1 Flamengo 41.600.000R$ 84.000.000R$ 37.180.000€
Corinthians 40.500.000R$ 84.000.000R$ 37.180.000€
3 São Paulo 36.200.000R$ 75.000.000R$ 33.200.000€
Palmeiras 35.000.000R$ 75.000.000R$ 33.200.000€
Vasco 32.200.000R$ 75.000.000R$ 33.200.000€
Santos 24.700.000R$ 75.000.000R$ 33.200.000€
7 Fluminense 25.400.000R$ 55.000.000R$ 24.350.000€
Cruzeiro 25.000.000R$ 55.000.000R$ 24.350.000€
Atlético MG 24.900.000R$ 55.000.000R$ 24.350.000€
Grémio 24.500.000R$ 55.000.000R$ 24.350.000€
Internacional 24.000.000R$ 55.000.000R$ 24.350.000€
Botafogo 23.000.000R$ 55.000.000R$ 24.350.000€
13 Bahia 15.800.000R$ 29.000.000R$ 12.800.000€
Atlético PR 15.000.000R$ 29.000.000R$ 12.800.000€
Coritiba 15.000.000R$ 29.000.000R$ 12.800.000€
Portuguesa 15.000.000R$ 29.000.000R$ 12.800.000€
Sport 15.000.000R$ 29.000.000R$ 12.800.000€
Guarani 15.000.000R$ 29.000.000R$ 12.800.000€
Goiás 15.000.000R$ 29.000.000R$ 12.800.000€
Vitória 15.000.000R$ 29.000.000R$ 12.800.000€

Há ainda um quarto grupo composto por oito clubes que vão receber 29 milhões de reais. Ou 12,8 milhões de euros, semelhante ao que clubes de Portugal, por exemplo, Benfica, FC Porto e Sporting conseguem arrecadar por ano. São eles: Bahia, Atlético PR, Coritiba, Portuguesa, Sport, Guarani, Goiás e Vitória.

Se o retorno de algumas das maiores estrelas canarinhas do futebol brasileiro é algo que já vem acontecendo nos últimos anos, com este impulso financeiro nos cofres dos clubes a tendência deverá acentuar-se ainda mais.

Por outro lado, há ainda outra questão que poderá mudar o futebol europeu tal como o conhecemos actualmente. Praticamente qualquer equipa de topo no Velho Continente tem um jogador brasileiro nas suas fileiras. Ora, com o maior poder negocial, os ‘times’ terão também a possibilidade de fixar os maiores craques.

O Santos é um óptimo exemplo, uma vez que tem conseguido aguentar Neymar e Ganso face às investidas dos tubarões europeus, incluindo Real Madrid e Barcelona. O apelo financeiro da Europa está ficando para trás. Agora só mesmo o apelo da competição ao mais alto nível é que pode atrair as estrelas do país onde nasceram, entre outros, Pelé, Pelé, Garrincha, Romário e Ronaldo.

Fonte: www.globo.com


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Finanças dos clubes no Brasil

Métodos de partilha das receitas TV nas principais ligas Europeias

Métodos de partilha das receitas TV nas principais ligas Europeias

Uma das principais decisões que afetam neste momento o futebol em Portugal prende-se com o modelo de negociação dos direitos de transmissão televisivos dos clubes.

Atualmente, existem duas formas fundamentais de negociação: o modelo coletivo (normalmente negociado e explorado por uma entidade reguladora, geralmente a Liga de Futebol Profissional do país em questão, e as operadoras televisivas) e o modelo individual em que cada clube é responsável pela negociação dos seus próprios direitos (modelo que prevalece em Portugal). O modelo coletivo além de ser utilizado em alguns dos principais campeonatos europeus (Inglaterra, Alemanha, França e Itália) é também adotado em competições como a UEFAChampions League e a UEFA Europa League.

A diferença fundamental entre estes dois modelos é relativamente simples: enquanto que o modelo individual baseia-se na capacidade negocial de cada clube e, consequentemente, permite aos mais poderosos gerarem ganhos muito superiores aos restantes, o modelo coletivo aumenta a equidade entre os clubes e limita a vantagem dos que apresentam um maior poder negocial. Por outro lado, o modelo coletivo permite aos clubes e à entidade reguladora do país, apresentarem uma posição mais forte e de monopólio junto das operadoras televisivas negociando o seu produto como um só.

Neste sentido, as críticas apontadas ao modelo individual devem-se ao aumento do desequilíbrio entre clubes não proporcionando aos de menor dimensão a possibilidade de lutarem por objetivos mais ambiciosos e estarem mais propensos a competir com os clubes mais fortes.

O modelo coletivo funciona como um modelo de redistribuição de receitas aumentando a qualidade e competitividade da modalidade em si. Por outro lado, o grande obstáculo deste modelo prende-se com a aversão por parte dos clubes mais poderosos à adoção do mesmo uma vez que receiam não conseguirem manter/aumentar as suas receitas televisivas. Consideram-no também injusto dado a sua superior base de adeptos e valor da marca. Deste modo, neste modelo, os mecanismos de redistribuição devem ser cuidadosamente estudados e definidos de modo a manter o apoio dos maiores clubes e o equilíbrio dentro da liga de futebol. É também importante referir que, segundo o Deloitte Football Money League 2011 (relativo à época 2009/2010), 12 dos 20 clubes que geraram as maiores receitas televisivas seguiam o modelo coletivo. Contudo, os 5 primeiros seguiam o modelo individual.

INGLATERRA

A época passada, 2010/2011, foi o primeiro ano do novo contrato de exploração dos direitos televisivos da Premier League negociados coletivamente (1.165 milhões de Euros por época) permitindo um encaixe por parte dos clubes superior ao da época anterior. Relativamente à forma de distribuição das receitas, o modelo adotado é o seguinte: 50% são divididas em partes iguais por todos os clubes, 25% com base no desempenho das equipas (o primeiro classificado recebe 20 vezes o valor do último), e 25% são distribuídas consoante as audiências televisivas e o número de jogos transmitidos na TV (existe um limite mínimo de dez jogos). As receitas internacionais são também repartidas equitativamente por todos os clubes. Em 2010/2011, observou-se um rácio de 1,54 entre as receitas televisivas do primeiro e últimos classificados.

ALEMANHA

O contrato atual na liga alemã proporciona aos clubes um total de 520 milhões de Euros por época e termina em 2012/2013. Na Alemanha, as receitas televisivas são distribuídas coletivamente e negociadas pela Liga Alemã mas os clubes que participam nas competições da UEFA podem negociar esta componente individualmente ao contrário do que sucede em Inglaterra. Deste modo, dado que a Alemanha não consegue atingir na globalidade valores tão elevados como outros países, os clubes estabelecidos mundialmente como o Bayern de Munique, reclamam uma fatia maior do bolo do que aquela que recebem atualmente. Alegam também que por este motivo não conseguem representar bem o seu país internacionalmente por não conseguirem reter/atrair os melhores jogadores. Em 2010/2011, observou-se um rácio de 2 entre as receitas televisivas do primeiro e últimos classificados.

FRANÇA

O contrato atual engloba um montante de 517 milhões de Euros por época e termina em 2011/2012. Relativamente à forma de distribuição das receitas, o método adotado é semelhante ao de Inglaterra embora as percentagens sejam diferentes: 50% repartidas igualmente, 30% com base no desempenho (25% face ao desempenho na última época e 5% com base na média das classificações nas últimas cinco épocas) e 20% com base nas audiências. Em 2010/2011, observou-se um rácio de 3,51 entre as receitas televisivas do primeiro e últimos classificados.

ITÁLIA

Recentemente, foi adotado o modelo de negociação coletiva em Itália para as épocas 2010/2011 e 2011/2012 num valor total a rondar os 900 milhões de Euros por época, representando um significativo aumento das receitas globais. Este facto permitiu a alguns clubes aumentarem as suas receitas televisivas (ex: AC MIlan, Napoli). O caso do Napolié evidente na medida em que as suas receitas televisivas aumentaram 47% na última época. No entanto, outros clubes sofreram um decréscimo das suas receitas devido à adoção deste novo modelo (ex: Internazionale eJuventus). Esta situação assume ainda uma maior importância dado que, neste país, as receitas televisivas representam, na maioria dos casos, a principal fonte de receita.

Relativamente ao modo de distribuição das receitas, a forma adotada é a seguinte: 40% do total é repartido em partes iguais pelos 20 clubes da Serie A, 30% é repartido em função do desempenho (10% pela historial de resultados, 15% com base nas últimas 5 épocas e 5% face à última época), e 30% em função das audiências televisivas (25% face ao número de adeptos e 5% com base no número de habitantes da cidade do clube). Em 2010/2011, observou-se um rácio de 10 entre as receitas televisivas do primeiro e últimos classificados.

ESPANHA

Na Espanha, tal como em Portugal, os clubes continuam a seguir o modelo de negociação individual. Neste sentido, o Real Madrid e o Barcelona atraem a maior parte das receitas televisivas tendo apresentado 144 milhões de Euros e 133 milhões de Euros, respetivamente, em 2010/2011 (retirando as receitas provenientes da UEFA). Os seus contratos foram celebrados com a Mediapro até 2013/2014 e 2014/2015, respetivamente. Em termos globais, o Real Madrid e o Barcelona arrecadam anualmente cerca de 47% das receitas televisivas totais dos clubes da primeira liga espanhola, revelando uma enorme disparidade. Simultaneamente, clubes como o Atlético de Madrid e o Valenciaapenas arrecadam 30% das receitas individuais do Real Madrid. Em 2010/2011, observou-se um rácio de 12,5 entre as receitas televisivas do primeiro e últimos classificados.

Por Nuno Bolas, Futebol Finance 23/04/2012
http://www.futebolfinance.com/metodos-de-partilha-das-receitas-tv-nas-principais-ligas-europeias