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Artigo: CASHLESS, A revolução da Fidelização

O futuro dos meios de pagamento

O futuro das novas e velhas arenas, dos clubes de futebol, de vôlei ou basquete e até dos pagamentos em shoppings e escolas passará por aqui. É impressionante como o Brasil só dá um passo a frente depois que o mundo inteiro passa a adotar uma nova tecnologia. Uma delas é a solução de Cashless, no Brasil chamada de “meio de pagamento”.  Cashless é a forma de receber pagamentos sem dinheiro vivo, seja por uso de cartões de fidelização com apoio da internet ou por meio de celulares, ou até mesmo com cartões com código de barras.
Os tipos de consumo diferentes Existem dezenas de maneiras diferentes de trabalhar o Cashless. O objetivo principal é oferecer comodidade aos clientes e diminuir as filas, acelerando o tempo de pagamento e claro, agregar serviços à fidelização. Talvez este último já tenha virado uma lenda na indústria do marketing esportivo no Brasil. Principalmente quando falamos de clubes de futebol. Os clubes até hoje tentam vender planos de fidelidade, ou melhor, planos sócio-torcedor que agregam apenas o benefício de oferecer descontos nos ingressos. Um serviço que é limitado, que fica sujeito às boas performances do time em campo, e ainda existem planos que nem isso oferecem. O ideal é oferecer mais benefícios e vantagens aos clientes. Afinal pode ser interessante ser associado mesmo não indo frequentemente ao local dos jogos e, ainda assim, utilizar o sistema para realizar pagamentos no shopping que poderia estar ao lado do estádio, participar de sorteios de brindes, ganhar pontos pelo consumo, ganhar ingressos grátis e descontos em uma linha diversa de produtos, seja no local da partida ou em qualquer loja que esteja agregada ao projeto, estando no local ou distante dele. O importante aqui também é surpreender os clientes e fazê-los pensar que ser associado não é para apenas ter uma cadeira no estádio ou ajudar seu clube do coração, mas ter serviços diferenciados. Do consumo à segmentação

O serviço de Cashless já chegou no Brasil há alguns anos, mas de forma disfarçada e tímida nas escolas, seja por uso de cartões com código de barras ou uso de cartões magnéticos, eles oferecem a possibilidade de fazer o carregamento de valores até pela internet. Desta maneira pode-se oferecer um benefício e comodidade aos pais que dão a seus filhos um cartão pré-pago para eles utilizarem nas cantinas das escolas. O segundo benefício oferecido foi acompanhar o consumo dos filhos pela internet. Porém trabalhar os dados de consumo gerados ainda hoje é uma realidade bem distante. No sistema de Cashless tradicional o objetivo é carregar os valores que vai consumir em um jogo ou entretenimento e poder ter filas mais rápidas para pagamento, pois o mecanismo não precisa de senhas. Em geral basta encostar o cartão em um terminal PDV que reconhece o cliente e o seu saldo, realizando o pagamento automaticamente. Este simples processo poderia ser utilizado em qualquer loja, cantina ou restaurante, seja em casas noturnas, escolas, shoppings, ginásios esportivos ou estádios. O mais interessante para o gestor é a possibilidade de trabalhar os dados de consumo, e depois segmentar o público em perfis de marketing diferentes, utilizado depois para campanhas pela internet ou mensagens SMS. Outro benefício imediato é o aumento do consumo nos bares. Filas menores geram mais consumo. Na Alemanha houve mais de 10% de crescimento de receitas após a implantação do serviço.

O CASHLESS no mundo Cada país no exterior tem sua modalidade diferente de Cashless mais utilizada. Nos EUA ainda é muito comum usar um cartão com código de barras para pagar seu consumo em parques, ginásios de basquete ou arenas de futebol americano. Na Europa, eles utilizam mais cartões de proximidade, o conhecido RFID Myfare, com carregamento pela internet, utilizando máquinas caras para carregamento e consulta de saldo dentro do local, semelhantes aos do metrô de São Paulo. Praticamente todos os estádios da primeira e segunda divisão da Alemanha já possuem o sistema. Na Inglaterra estão caminhando nessa direção. No Japão os celulares avançados são a estrela, e eles os utilizam até para pagamento do metrô. No Brasil nenhum estádio ainda usa solução Cashless, nem os novos estádios da copa do mundo. É terrível fazer parte de um país de terceiro mundo. Eu digo isso porque a Arenaplan lançou este mesmo sistema, dispensando as máquinas caras para carregamento e consulta dentro dos estádios, com a tecnologia mais inovadora do mundo, baseado em plataforma Mobile, com PDV´s portáteis para atendimento móvel até nas arquibancadas ou restaurantes e, mesmo assim, ainda precisamos ensinar para nossos clientes o que significa a palavra “Cashless“.

O segredo é o conteúdo e bons serviços Em um país onde se agridem e remuneram mal os professores é difícil querer investir em inovações. Nos EUA e Japão a cultura do “chegar primeiro” é parte do objetivo dos vencedores. No Brasil, mesmo se conhecendo os benefícios, as vantagens e os baixos custos do processo, eles ainda cobram cases de sucesso em um país que nunca gostou de modernidade. Onde arrumar os cases de sucesso? Quem será o primeiro a implantá-lo? No primeiro mundo isso seria uma grande oportunidade. Chegar primeiro é uma bênção dos Deuses. Outro detalhe importante. O hábito de tratar as informações e segmentar os clientes deveria ser obrigatório. Ainda mais em um mercado de entretenimento, como é o futebol. O brasileiro ainda não entendeu que o novo consumidor quer conteúdo. Se você leva para ele serviços diferenciados, usando seu próprio celular, ele poderia ter acesso à programação e dados das partidas, antes, durante e depois do evento. Surpreendê-los com mensagens de brindes para pegar na loja do clube no local, logo após a vitória do seu clube aumentaria sua experiência esportiva. Ações como esta podem transformar um torcedor esporádico em um ávido consumidor de produtos do clube e com presença assídua. Foi assim que a Alemanha atingiu índices de quase 100% de ocupação dos estádios. Interatividade e conteúdo é o segredo do futuro para o esporte. Os gestores poderão comercializar campanhas de marketing personalizadas, baseadas no perfil de consumo do consumidor e ampliar suas receitas. Ninguém colocou isso nos planos de negócio das novas arenas. Os consumidores por si ampliarão sua presença e vão querer cada vez mais serviços. E tudo isso pode começar levando um simples serviço de pagamento fácil para o seu celular.

Por Márdel Cardoso é um dos palestrantes do 1o Fórum de Gestão de Estádios e Arenas. Evento produzido em parceria com a Trevisan Escola de Negócios e acontece durante a maior feira de equipamentos e infraestrutura para o esporte: A Sport Infra Tech 2013. Garanta seu lugar. São poucas vagas. As inscrições estão abertas!

Márdel Cardoso é diretor da Arenaplan Consultoria. Gerente de projetos, bacharel em Ciência da Computação pela PUC-MG, MIT-Master Information Tecnology pela Fiap-SP, Gestão de Arenas pela Trevisan e Marketing Esportivo pela Uniara. Especialista em estudo de viabilidade financeira de arenas. Professor em Gestão de Projetos e Empreendedorismo pela Uninove de São Paulo. Autor de 2 livros.

Fonte: ARENAPLAN CONSULTORIA http://www.arenaplan.com.br/site/index.php/arena-pernambuco-da-exemplo-de-planejamento/110-cashless-a-revolucao-da-fidelizacao

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Gestão de Arenas Resultados de Pesquisas

Dados do Setor de ESTÁDIOS E ARENAS (Márdel Cardoso)

mardel
Resultado da pesquisa sobre os desejos dos torcedores ao acessar os estádios. Faturamento dos maiores estádios da Europa.

O conteúdo da palestra de DADOS DO SETOR de Mardel Cardoso pode ser baixado por aqui.
MARDELCARDOSO-DADOSSETOR-ARENAPLAN[1]

Fonte: Arenaplan Consultoria
http://www.arenaplan.com.br/site/index.php/eventos/136-conteúdo-da-palestra-de-mardel-cardoso-dados-setor

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Fórum de Gestão de Estádios Gestão de Arenas

1o Fórum de Gestão de Estádios e Arenas aconteceu em São Paulo com grande sucesso

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Published on Wednesday, 04 December 2013 13:13

Aconteceu ontem em São Paulo, o 1o Fórum de Gestão de Estádios e Arenas. O primeiro evento do Brasil que veio propor soluções, idéias e propostas de melhorias para a gestão dos estádios brasileiros. O evento é uma realização da Arenaplan Consultoria e a da Trevisan Escola de Negócios e aconteceu no Programa de Conferências da 5ª edição do maior evento da América Latina para equipamentos e infraestrutura de locais esportivos: o Sport Infratech, organizado pela Real Alliance. O evento contou com apoio da SBGME, ABRAESPORTE, ABRIESP, Pluri Consultoria e a Universidade do Futebol.

O evento foi um grande sucesso e contou com a presença dos dirigentes de alguns dos maiores clubes de futebol do país como Corinthians, São Paulo, Santos, Atlético-PR e Cruzeiro, e teve ainda a presença de atuais e ex-dirigentes do Grêmio. O evento também contou com a presença de grandes dirigentes e gestores de arenas do Brasil como Minas Arena, Maracanã, Castelão e Arena Pernambuco além de profissionais da OAS Arenas, Odebrech, além de nomes reconhecidos pelo mercado de marketing esportivo e centenas de profissionais do setor. Durante o evento os participantes ainda tiveram tempo para visitar os stands da Sport Infratech.

O evento abriu pela manhã e contou com a abertura do Fernando Trevisan, diretor da Trevisan Escola de Negócios e iniciou com a palestra do Presidente do Botafogo FR, Maurício Assunção que apresentou o trabalho que havia sido feito pelo clube no Engenhão, seguido pelo Fernando Ferreira, diretor da Pluri Consultoria, que apresentou o perfil de renda das torcidas brasileiras.

Daniela Senatore, gerente da Odebrecht apresentou informações de como funciona a estrutura de gestão de uma arena multiuso. Um importante debate entre Lúcio Blanco, gerente de arrecadação do Corinthians e Ricardo Araújo, especialista em gestão de arenas fechou o evento pela manhã falando do planejamento e venda de ingressos, camarotes e business seats.

O evento abriu à tarde com Márdel Cardoso, diretor da Arenaplan Consultoria seguido da palestra do Diretor da BPS Promoções e apresentador do programa Encontro D Craques da Band Sports, o Beetto Saad que brindou os participantes com casos de sucesso na gestão de camarotes no Morumbi, Pacaembu e Palestra Itália. Em um brilhante debate, Sérgio Landau, diretor do Engenhão e Botafogo, e Eduardo Antonini, que foi responsável pela concepção e desenvolvimento do Projeto Arena do Grêmio conversaram sobre as estratégias de sucesso das arenas.Durante o evento, o diretor da Arenaplan apresentou dados e números do mercado de arenas da Europa e Brasil, mostrando inclusive a diferença entre as receitas européias e brasileiras.

E não foi somente isso. Pedro Mascarenhas apresentou novidades sobre o Matchday Sponsor, uma nova fonte de receita em arenas. Ele é atualmente gerente de Marketing e Novos Negócios da TTK Marketing Esportivo mostrando vídeos marcantes e estratégias de promoções executadas no segmento no exterior.

No último bloco, os convidados absorveram informações e tendências do mercado de Cashless, apresentado pelo diretor da Arenaplan Consultoria, seguido da diretora da XYZ Live Eventos, em palestra que convidou os atuais gestores a trabalharem juntos para ampliar o mercado de eventos.

Para fechar com chave de ouro o evento, Gilberto Ratto, Gerente de Marketing do São Paulo FC, o Marcone Barbosa, Diretor de Marketing do Cruzeiro EC e o Mauro Holzmann, Diretor Executivo de Marketing e Comunicação do Atlético-PR promoveram um debate para mostrar a visão e realidade dos clubes na gestão das parcerias e de seus estádios.

Em breve publicaremos aqui alguns trechos e vídeos de cada uma das palestras apresentadas durante o evento. O PDF das apresentações serão publicados nesta sessão de eventos do site.

Veja as fotos do 1o Fórum de Gestão de Estádios e Arenas

Fonte: Arenaplan Consultoria
http://www.arenaplan.com.br/site/index.php/eventos/129-forum-gestao-estadios-arenas-aconteceu-saopaulo-grande-sucesso

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A média de público e o tamanho das arenas.

 A Mania de Grandeza brasileira não deve se refletir nas arenas.

A Arenaplan divulgou nesta última semana um relatório (Novas Arenas dos Clubes após a copa)sobre as possíveis novas arenas que os clubes brasileiros podem construir. Este relatório comparou as médias de público de 10 clubes durante o período de 1971 a 2012. Se vocês observarem rapidamente pode parecer que o Flamengo, líder da pesquisa, e líder na média de público, com mais de 27 mil torcedores anuais poderia, pensar em ter uma grande arena própria. Porém a pesquisa também revelou a realidade. O próprio Flamengo teve uma enorme queda em sua média de público a partir da década de 90. Esta queda tem vários motivos, incluindo aumento da violência, falta de conforto e segurança, competição com outros meios de entretenimento entre muitos outros. Estes fatores também influenciaram outros clubes. E não será apenas com uma simples melhora no conforto nos estádios que vamos melhorar estes índices.

A Europa e EUA estão 20 anos adiantados em relação ao Brasil, em relação à relacionamento com o torcedor. Não é somente na tecnologia dentro dos estádios. Mas o tratamento do torcedor como cliente. Este tratamento começa por segmentar o público alvo, o torcedor, em vários perfis diferentes, indo do nível de renda aos perfis de consumo. O Manchester City dividiu seus torcedores em 38 perfis e trabalha fortemente cada um deles, oferecendo produtos e serviços fortemente aliados com seus gostos e renda.

Ao analisarmos os números de média de público fica claro que, o brasileiro só enche o estádio quando seu time está indo bem. E isso não vai acontecer sempre. O clube precisa entender que o estádio deve estar cheio mesmo o clube estando perto da zona de rebaixamento. Vejam que na Alemanha os estádios estão cheios na primeira e segunda divisão.

O Flamengo não pode mais depender de um time fantástico para obter novamente 37 mil de media de público (Média da década de 70 e 80). Da mesma maneira o Atlético-MG recuperar sua média da década de 70 de 26 mil torcedores por jogo. Estas médias não podem ser somente para um ano. O Flamengo obteve em 1980 a média recorde de 66 mil por jogo. O Atlético-MG obteve em 1977 de 55 mil pessoas. Isso talvez se repita no futuro. Mas o Brasil mudou drasticamente desde então. E o negócio do futebol também.

E por isso estes clubes devem pensar primeiro em recuperar 20 anos de atraso na gestão dos clientes, ou seja, dos torcedores. Quando estes clubes estiverem tendo, médias de público de cerca de 80% dos estádios em todos os jogos, eles poderão pensar em ampliar suasarenas ou até em construir novas arenas, fato muito comum nos EUA.

É por isso que o Flamengo não pode pensar em uma nova arena acima de 50 mil pessoas. O Atlético-MG em uma arena acima de 45 mil lugares. O custo de operação é altíssimo. Uma arena precisa ter no mínimo 50 a 100 profissionais, dependendo do tamanho, para manter tudo funcionando. Um estádio é como um shopping center. E da mesma maneira tem custos altíssimos para operar. Agora imagine que um estádio, além da operação, precisa realizar vários eventos para gerar renda. É por isso que o volume de profissionais tem que ser alto.

Por isso que o Santos, Goiás e Figueirense não deveriam pensar em arenas acima de 25 mil lugares. O Ceará fechou contrato com a Arena Castelão, mas de apenas 5 anos. Eles podem pensar em construir um estádio no mesmo tamanho. Já o Fluminense deve pensar no máximo em um estádio para 30 mil assentos. Mas não seria ruim pensar em uma arena de 25 mil lugares. Lembrem de como o Independência tem sido bom para o Atlético-MG, mesmo com apenas 25 mil lugares. A diferença está no volume de camarotes. É preciso ter muitos deles. É deles que saem a principal fonte de renda. E no Independência só tem 18 deles.

Precisamos colocar os pés no chão. O futebol brasileiro está muito atrasado. Precisamos começar a  trabalhar sério. A mania de grandeza brasileira não deve se refletir nas arenas. Vamos lotar primeiro as novas arenas que já foram construídas e que serão no futuro. Só assim poderemos pensar grande novamente.

Márdel Cardoso é diretor da Arenaplan Consultoria. Especializado em análise financeira de arenas e gerente de projetos de tecnologia. Bacharel em Ciência da Computação pela PUC-MG, MIT-Master Information Tecnology pela Fiap-SP, Especialista em Marketing Esportivo, professor em Gestão de Projetos PMI pela Uninove de São Paulo, autor de 2 livros.
Email: mardel@arenaplan.com.br
Twitter: @arenaplan
Facebook: http://www.facebook.com.br/arenaplanconsultoria

FONTE: ARENAPLAN
http://www.arenaplan.com.br/site/index.php/blog